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Doula não é Parteira, entenda o porquê

Dia 05 de maio é o Dia Internacional da Parteira, e foi criado em 1991 pela Organização Mundial da Saúde. Aproveito para homenagear reforçando a diferença entre estas profissionais e as Doulas. Pois há muitas dúvidas e confusões. Por isso, pretende-se aqui brevemente informar e gerar reflexão sobre a multidisciplinaridade que um parto envolve e os limites de conduta e ética dos profissionais.

Já se perguntou quem está capacitada e habilitada para realizar a assistência ao parto?

1. Enfermeiras obstétricas – que cursaram enfermagem e realizaram especialização em obstetrícia – ou também as Obstetrizes – que cursaram graduação em obstetrícia - profissionais que atendem partos normais de baixo risco em Casas de Parto, domiciliares ou também junto a médicas obstetras no ambiente hospitalar. Também conhecidas como parteiras acompanham do pré-natal ao pós-parto a gestante e o bebê. Ainda não é comum ver nos hospitais estes profissionais atuando com autonomia.

2. Médicas obstetras – que cursaram medicina, fizeram residência/especializaram em obstetrícia. Cuidam do desenvolvimento do bebê e da assistência à mulher durante a gravidez e pós-parto. No Brasil, tem autonomia para atender em hospital público ou privado, gestantes de baixo ou alto risco, com ou sem intercorrência e intervenção, tanto parto normal quanto cesáreo, sendo a única habilitada para realizar intervenção cirúrgica.

Todas as profissionais citadas a cima, são capazes de dar a assistência ao parto e são responsáveis técnicas por avaliações físicas, monitoração contínua do bem-estar da gestante e do bebê, realizam procedimentos, exame de toque, ausculta dos batimentos cardíacos fetais e prestam cuidados ao recém-nascido (em ambiente hospitalar, entram também os médicos pediatras, anestesistas, entre outros).

Por curiosidade, explicarei que o termo obstetrícia – é uma palavra latina “obstetrix, que é derivada do verbo “obstare”, que significa ficar ao lado.

E a doula não faz parto? Não! Ela faz parte deste momento// se a mulher desejar e as regras das instituições de saúde permitir (mesmo tendo leis e evidências dos benefícios, ainda em alguns lugares nos barram, como também tem lugares que não possuem Enfermeiras Obstétricas ou Obstetrizes responsáveis pelos partos normais de baixo risco!).

E a doula não faz toque e ausculta o bebê? Não! Pois, não tem formação e capacitação nesta área.

A Doula, tem habilidades, capacitação e disposição para oferecer suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto, ou seja, acompanha a mulher (e isso não significa substituir o/a acompanhante). Pode auxiliar com informações, orientar posições para o trabalho de parto e parto, oferecer apoio contínuo durante o trabalho de parto, como também propõe medidas naturais como banho, massagens, relaxamentos, visualizações, práticas de respiração, palavras de apoio.

Outras profissionais também podem sugerir medidas naturais e auxiliar com informações, acontece que chega em determinado momento do parto que cada um precisa ficar atento a suas responsabilidades e conduta.

Então, quem faz o parto? Oras, é a MULHER, e o ideal é que estejam ao seu lado além do acompanhante, as profissionais que a cercam de segurança, amor e respeito neste momento singular.

Obs.: existem profissionais enfermeiros obstétricos e médicos obstetras, apenas escrevi no feminino.

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